Receita do amor que dura: amar o outro não apesar de sua diferença, mas por ele ser diferente.
Em geral , na literatura, no cinema e nas nossa fantasias, as histórias de amor acabam quando os amantes se juntam (é o modeloCinderela) ou, então, quando a união esbarra num obstáculo intransponível (é o modelo Romeu e Julieta). No modelo Cinderela, onarrador nos deixa sonhando com um “viveram felizes para sempre”, queseria a “óbvia” conseqüência da paixão. No modelo Romeu e Julieta, afelicidade que os amantes teriam conhecido, se tivessem podido sejuntar, é uma hipótese indiscutível. O destino adverso que separou os amantes (ou os juntou na morte) perderia seu valor trágico seperguntássemos: será que Romeu e Julieta continuariam se amando com afinco se, um dia, conseguissem deitar-se juntos sem que Romeu tivesseque escalar a casa de Julieta até o famoso balcão? Ou se, em vez de enfrentar a oposição letal de suas ascendências, eles passassem osdomingos em espantosos churrascos de família?
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Se amo e admiro o outro por ele ser diferente demim (e não apesar de ele ser diferente de mim), não posso considerarque minha maneira de ser seja a única certa.
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vida de casal numaaventura fascinante: a aventura de sempre descobrir o outro, cujadiferença inesperada nos dá, de brinde, a certeza de que nossaobstinada maneira de ser, nossos jeitos e nossa neurose não precisamser uma norma universal, nem mesmo a norma do casal. Há quem diga que oparceiro ideal é aquele que nos faz rir.
C. Calligaris
VD A VIDA É ...
ResponderExcluirUM SEGREDO DEVE SER REVELADO OU CONTINUAR EM SEGREDO É MUITO DELICADO OBRIGADO...BJS/;;;
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