domingo, 31 de maio de 2009
Fase oral
"Na fase em que as vivências são estruturadas através da boca, o amor também é recebido e retribuído através das fantasias orais centralizadas na amamentação.
O prazer de ser alimentado e a relação com ele incorporada é a dimensão inicial do amor infantil.
A certeza de que o alimento virá, de que a espera trará o alimento e a mãe amada configura a primeira resposta positiva de afeto que a criança elabora na relação com o mundo externo".
( ERIKSON, E.)
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Brasileiro
"Quem pode, goza dos privilégios de ser brasileiro - o que inclui os benefícios
privados que cada um pode tirar da tão falada tolerância ética nacional. O acréscimo ao gozo está em que ninguém se sinta particularmente responsável pelas conseqüências."
Maria Rita Kehl
privados que cada um pode tirar da tão falada tolerância ética nacional. O acréscimo ao gozo está em que ninguém se sinta particularmente responsável pelas conseqüências."
Maria Rita Kehl
quarta-feira, 27 de maio de 2009
PAIXÃO
sábado, 23 de maio de 2009
Depressão, Felicidade
"Tudo cabe debaixo do guarda-chuva da depressão: inibições, angústias, malestares
difusos, fobias, qualquer sofrimento pede abrigo ao termo. O que há em comum
a todas as histórias, é a recorrência de um discurso de que nada, nem ninguém, será
capaz de produzir a felicidade. Chegamos, assim, à definição desta tristeza moderna:
trata-se da dificuldade de lidar com a falta de felicidade. Acorremos, então, com todo
tipo de soluções, drogas, placebos e sedação à dor. Queremos, acima de tudo, não
enfrentar a inevitável condição de existir.
Se reclamamos tanto da falta da felicidade é porque acreditamos que não basta
existir se não houver algo que justifique, marque, recompense, motive uma vida. A
empreitada coletiva da humanidade já não é um propósito de fácil apreensão. Sem
ilusões coletivas, resta o que cada um pode arrancar de sua passagem pela terra e a
palavra que sintetiza esta expectativa é: felicidade.
O papel da psicanálise sempre foi o de escutar o que se impõe sintomaticamente
em uma época. Foi assim que deu voz às mulheres no século passado. Agora, a tarefa é
escutar a tristeza, a melancolia e a depressão, em suas aproximações e diferenças, para
que isso faça efeitos naquele que fala e naquele que escuta. A clínica dessas patologias
nos leva a pensar sobre o suicídio, a dor, a culpa, o infantil, as toxicomanias, uma
direção da cura através da sublimação e outros pontos relacionados com essa problem
ática, a qual, acreditamos, tem tanto a dizer."
difusos, fobias, qualquer sofrimento pede abrigo ao termo. O que há em comum
a todas as histórias, é a recorrência de um discurso de que nada, nem ninguém, será
capaz de produzir a felicidade. Chegamos, assim, à definição desta tristeza moderna:
trata-se da dificuldade de lidar com a falta de felicidade. Acorremos, então, com todo
tipo de soluções, drogas, placebos e sedação à dor. Queremos, acima de tudo, não
enfrentar a inevitável condição de existir.
Se reclamamos tanto da falta da felicidade é porque acreditamos que não basta
existir se não houver algo que justifique, marque, recompense, motive uma vida. A
empreitada coletiva da humanidade já não é um propósito de fácil apreensão. Sem
ilusões coletivas, resta o que cada um pode arrancar de sua passagem pela terra e a
palavra que sintetiza esta expectativa é: felicidade.
O papel da psicanálise sempre foi o de escutar o que se impõe sintomaticamente
em uma época. Foi assim que deu voz às mulheres no século passado. Agora, a tarefa é
escutar a tristeza, a melancolia e a depressão, em suas aproximações e diferenças, para
que isso faça efeitos naquele que fala e naquele que escuta. A clínica dessas patologias
nos leva a pensar sobre o suicídio, a dor, a culpa, o infantil, as toxicomanias, uma
direção da cura através da sublimação e outros pontos relacionados com essa problem
ática, a qual, acreditamos, tem tanto a dizer."
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Estranhos desejos ...
O bom senso, que normalmente pensa mal, associa a compra
boa e feliz a quando alguém adquire o que lhe é necessário, em especial, se pertencer à trinca das necessidades humanas fundamentais: saúde, educação e moradia.
Essa fórmula do politicamente correto funciona ao nível da necessidade, mas nem sempre ao nível do desejo.
boa e feliz a quando alguém adquire o que lhe é necessário, em especial, se pertencer à trinca das necessidades humanas fundamentais: saúde, educação e moradia.
Essa fórmula do politicamente correto funciona ao nível da necessidade, mas nem sempre ao nível do desejo.
Desejar é ter um desejo sempre de outra coisa, afirmava Jacques Lacan. Os exemplos chocam: para terror da patroa, sua cozinheira comprou uma boneca de presente de natal para sua filha, empenhando a própria bicicleta. Para desespero da esposa, seu marido pagou cinqüenta mil dólares no carrinho de brinquedo que faltava à sua coleção.
As condições de escolha de um objeto, como também de uma pessoa são sempre muito estranhas aos olhos dos outros; é o que fez Fernando Pessoa escrever que todas as cartas de amor são ridículas.
Felicidade não tem preço, diz a sabedoria popular, não no sentido de ser muito cara, mas de que não é “precificável”, de que nunca se acha o justo valor. Os objetos da pura necessidade, espera-se que sejam gratuitos, pois se nos puseram nesse mundo, que nos cuidem, ensinem e abriguem; já os objetos de desejo, que cada um responda.
(adaptações Jorge Forbes, 2008).
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Construção em análise
"A busca do sentido se dá na linguagem, através do funcionamento simbólico
de substituição metafórica e deslizamento metonímico, conjugado ao
gozo imaginário da compreensão e do auto-conhecimento. Essa prática tende a
alienar perigosamente o sujeito do objeto real que o causa, e provoca interpretações
que tendem ao pior, pois não implicam o sujeito no seu sofrimento.
Mais uma vez, compete ao analista dirigir a busca do efeito de sentido,
para que o analisante construa em palavras o fantasma que o faz abjeto. Sem
o que as análises se dirigem a um pântano, onde nenhum terreno é conquistado
aos mares pulsionais, isto é, onde não se verifica a construção de dique de
proteção aos açoites do real.[...]" (Elaine Starosta Foguel)
de substituição metafórica e deslizamento metonímico, conjugado ao
gozo imaginário da compreensão e do auto-conhecimento. Essa prática tende a
alienar perigosamente o sujeito do objeto real que o causa, e provoca interpretações
que tendem ao pior, pois não implicam o sujeito no seu sofrimento.
Mais uma vez, compete ao analista dirigir a busca do efeito de sentido,
para que o analisante construa em palavras o fantasma que o faz abjeto. Sem
o que as análises se dirigem a um pântano, onde nenhum terreno é conquistado
aos mares pulsionais, isto é, onde não se verifica a construção de dique de
proteção aos açoites do real.[...]" (Elaine Starosta Foguel)
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Dúvida e angútia
"Cada vez que há dúvida e angústia, é porque há, camuflado, em desejo que procura manifestar-se tendo em vista um complemento." (DOLTO)
quinta-feira, 14 de maio de 2009
sábado, 9 de maio de 2009
Amar se aprende sendo amado
"Amar se aprende sendo amado"
Sem as histórias de amor, a modernidade não teria acontecido.
O sujeito moderno precisa de ficções, ele tem a tarefa de se reinventar. O amor é o tema que anima, que produz desde o primeirissimo começo, pruduz o repertório das ficções que são o nosso modo de uso para viver.
Contardo Calligaris
Sem as histórias de amor, a modernidade não teria acontecido.
O sujeito moderno precisa de ficções, ele tem a tarefa de se reinventar. O amor é o tema que anima, que produz desde o primeirissimo começo, pruduz o repertório das ficções que são o nosso modo de uso para viver.
Contardo Calligaris
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Sociedade de consumo
A sociedade de consumo se caracteriza por ser organizada predominantemente pelas relações de consumo e valores associados, condicionando a produção de bens e serviços. O consumidor, elevado ao status de cidadão de direito, através da recente elaboração dos direitos do consumidor, tem como ideal de vida preponderante sua potência de consumo. O sucesso social e a felicidade pessoal são identificados pelo nível de consumo que o indivíduo tem. O somos o que temos é elevado à condição de ideal social: o hedonismo materialista, a qualquer preço, triunfa. Se não temos, não somos. O potencial de consumo determina o grau de inclusão ou de exclusão social, de sucesso ou de insucesso, de felicidade ou de infelicidade.[...]"
Jaime Albreto Betts
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Masculino e Feminino
"Quando se diz que os conceitos de masculinidade e feminilidade se
definem um em relação ao outro, é necessário observar que essa relação não
é de complementaridade. Ou seja, um não completa ao outro. Definem-se um
em relação ao outro de forma moebiana, ou seja, entre eles se escreve uma
falta. Masculino e feminino são suplementares, pois entre eles sempre falta algo."
Jaime Betts
definem um em relação ao outro, é necessário observar que essa relação não
é de complementaridade. Ou seja, um não completa ao outro. Definem-se um
em relação ao outro de forma moebiana, ou seja, entre eles se escreve uma
falta. Masculino e feminino são suplementares, pois entre eles sempre falta algo."
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