quarta-feira, 24 de novembro de 2010


UM POUCO DE ARTHUR SCHOPENHAUER

Não escrevi para a multidão. (...) Minha obra é para os que pensam e que, no decorrer do tempo, vão ser a exceção. Sentirão o que eu senti como um marinheiro náufrago numa ilha deserta, para quem a pegada de um ex-companheiro de sofrimento dá mais consolo do que todas as cacatuas e micos nas árvores.
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Se olharmos a vida em seus pequenos detalhes, tudo parece bem ridículo. É como uma gota d'água vista num microscópio, uma só gota cheia de protozoários. Achamos muita graça como eles se agitam e lutam tanto entre si. Aqui, no curto período da vida humana, essa atividade febril produz um efeito cômico.
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A vida pode ser comparada a um bordado que no começo da vida vemos pelo lado direito e, no final, pelo avesso. O avesso não é tão bonito, mas é mais esclarecedor, pois deixa ver como são dados os pontos.


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