quinta-feira, 2 de dezembro de 2010


    Como revirar as folhas de uma revista, até encontrar a página certa, recortá-la e grudá-la no espelho. Desse mesmo modo, eu queria voltar no tempo. Voltar até chegar naquele dia, naquela cena, naquele beijo, naquele milésimo de segundo. E então eu o roubaria de lá e o colocaria na ordem do dia, silenciosa e discretamente eu o misturaria com coisas corriqueiras, para não causar alarde o teceria junto as novidades. Assim faria parte do hoje a sua presença, porque a ausência já faz!



Ana Dilger

3 comentários:

  1. A ausência, de certo modo, já é o indicativo de uma presença.

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  2. "Um espaço é sagrado quando está cheio de ausências. É o lugar da saudade."
    (Rubem Alves)

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