"É importante distinguir duas coisas que, para um psicanalista, são bem diferentes: o saber e a verdade. O mundo contemporâneo nos faz acreditar que o mais importante é a acumulação de saberes. Esse acúmulo, no entanto, faz com que o sujeito ignore a questão de seu desejo. Ao mesmo tempo, a questão da verdade se coloca mais na literatura e na filosofia. Não digo que a literatura seja suficiente para dar ao sujeito a resolução de seus problemas, mas permite pensar alguma coisa que não se reduz ao saber positivo, técnico. Precisamente, a psicanálise não busca a eficácia técnica. A psicanálise não é um tratamento semelhante a tomar ou prescrever um medicamento. Ela deve abrir alguma coisa, expor uma dimensão de verdade e não ser o objeto de um saber."
Fragmento da entrevista de Roland Chemama sobre Sintomas Contemporâneos.
terça-feira, 14 de julho de 2009
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