"Oh! Como é falsa essa embriaguez que, absorvendo os resultados das sensações, coloca-nos num tal estado que nos impede de enxergar, que nos impede de existir senão para esse objeto loucamente adorado! É isso, viver?
Não será, antes, uma privação voluntária de todas as doçuras da vida? Não será permanecer voluntariamente, nas garras de uma febre arrasadora que nos devora e absorve sem nos deixar outra felicidade que os gozos metafísicos tão semelhantes aos efeitos da loucura?"
(Marquês de Sade).*
*(Dolmancé, personagem de Sade em A Filosofia na Alcova)
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