Freud toma, por tudo que vimos, o
obstáculo como resistência. E no modo
como apresenta a resistência, remetenos,
como dissemos, à função de um
sujeito. Função que aparece na medida
em que, com a inclusão da resistência
como um operador da clínica, a relação
do paciente com o médico excede o
terreno do atender ou não aos objetivos
do tratamento. O impasse de Freud se
apresenta, em um primeiro momento,
como uma questão de o paciente ser ou
não hipnotizado, pré-requisito até então
para o sucesso do tratamento. Ao elucidar
o impasse introduzindo a noção de
resistência, a relação entre o médico e o
paciente não se vê mais reduzida à mediação
pela aplicação de um método que
supõe a técnica da hipnose. A resistência
toma o impasse como índice de um ato
(de defesa), o que por sua vez convoca à
suposição de um sujeito, não localizável
nem no médico nem no paciente conforme
tomados em uma relação dual.[...]
Estudos de Psicanálise – Aracaju – n. 32 – p.171-180 – Novembro. 2009
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente sobre o texto e recomende outros autores