quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Desejo Materno
domingo, 13 de dezembro de 2009
A escolha erótico-amorosa não é de ordem egóica, nem superegóica, embora o supereu tenha uma participação importante na dimensão dos ideais, também presente no amor-paixão. Não se pode nem dizer que o objeto do amor erótico se defina a partir de uma escolha, a não ser na medida em que o destino do eu é escolhido pelas formações do inconsciente (à maneira da “escolha de neurose” freudiana). Assim, a pergunta “Por que esta mulher (este homem) e não outra (o) qualquer?” só pode ser respondida a partir de um saber que não se sabe, à maneira de Montaigne, parodiado por Chico Buarque: “Porque era ela, porque era eu”.
(Maria Rita Kehl)
Diferenças
Quanto ao suposto mistério do querer feminino, este que se manifesta através de fantasias triviais e de pequenas reivindicações dirigidas ao outro – bem, nesse caso qualquer mulher pós-freudiana poderia responder: eu quero o mesmo que você, seu bobo. Você só não percebe porque não quer saber que eu sou sua semelhante, sua rival, sua irmã.
E nesse caso, a diferença sexual continua um mistério – para os homens e para as mulheres. (Kehl)
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Mistério do desejo
"Vale ainda mencionar o estranho silêncio, nos consultórios dos analistas, em torno do eterno mistério do desejo e da diferença sexual. A falta de objeto que caracteriza a atração erótica parece ter sido ofuscada pela onipresença de imagens sexuais nos outdoors, na televisão, nas lojas, nas revistas – por onde olhe, o sujeito se depara com o sexual desvelado que se oferece e o convida. As fantasias sexuais são todas prêt-à-porter. Seria ok, se o suposto desvelamento do mistério não produzisse sintomas paradoxais. O tédio, em primeiro lugar, entre jovens que se esforçam desde cedo para dar mostras de grande eficiência e voracidade sexuais. As intervenções cirúrgicas no corpo, de consequências por vezes bizarras, em rapazes e moças que pensam que a imagem corporal perfeita seja a solução para o mistério que mobiliza o desejo. A reificação do sujeito identificado como mais uma mercadoria se revela no medo generalizado de não agradar.
O mistério do desejo persiste, assim como não deixa de existir o inconsciente: mas é como se suas manifestações não interrogasem mais os sujeitos." (Kehl
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
A linha divisória entre homens e mulheres, pelo visto, perdeu sua antiga fixidez, trazendo mobilidade e liberdade para ambas as partes. Se o falo não é um pênis e sim um significante, seu manejo está franqueado a homens e mulheres. Só que, ao insistir em sustentar a equação pênis=falo, os homens acabam por se colocar em uma posição muito mais frágil do que as mulheres. Estas recém descobriram, por conta da própria psicanálise, que o órgão masculino só possui o valor fálico que elas lhe conferirem.
Não é impossível então, que na medida em que as mulheres se livraram de algumas restrições sexuais e existenciais impostas pela moral vitoriana, a linha demarcatória entre a masculinidade e a feminilidade tenha se deslocado – forçando os homens, por enquanto, a jogar na defensiva. Freud já havia percebido a existência de um hiato na complementariedade imaginária entre homens e mulheres, a ponto de perguntar a sua amiga Marie Bonaparte: mas afinal, o que quer uma mulher? Pergunta que repercutiu em todas as geraçaões de psicanalistas, sobre tudo homens. Ora: é claro que ninguém pode saber o que deseja uma mulher. O desejo é, por definição, inconsciente. Um homem também desconhece seu próprio desejo.
(Maria Rita Kehl)
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Histerica x Obsessivo - O corpo.
Uma jovem analisante falava outro dia de suas "ganas de matar" a irmã mais nova. O que a exasperava, eram as horas que ela própria passava se arrumando - "se produzindo"- era a expressão, aliás que parece perfeita, entre outras razões, porque como numa produção de teatro, ela também escolhia o guarda-roupa, os adereços, de acordo com o personagem. Isso, para no fim sair sua irmã "de cara lavada, sem nem se olhar no espelho" indignava-se ela, "parecendo uma princesa de contos de fada". Se o nosso tema fosse a histeria, este fragmento nos daria um bom viés par abordar o problema da reivindicação. Mas, em se tratando de obsessão, cabe a pergunta: por quê uma moça dispensaria os recursos que lhe permitiriam destacar seus atributos? Eu diria que não é garantido que a beleza não possa ser vivida por ela, às vezes como inútil ou mesmo ofensiva. Creio que seria assim porque uma beleza "em excesso" é algo que irrompe aos olhares, que se sobressai, põe em relevo esse corpo que a obsessiva, talvez o obsessivo em geral gostaria de ver absorvido numa topografia mais plana, mais simétrica e sem acidentes que convoquem demasiado o olhar."
(Angela Valore - O Corpo na Neurose Obsessiva.)
sábado, 21 de novembro de 2009
Oferecendo um tratamento pela via do desejo, a psicanálise torna possível para o sujeito o caminho que parte da dor de existir e segue em direção à alegria de viver. Para isto, todavia, é necessário que o sujeito queira saber, tendo a coragem de se confrontar com a dor que morde a vida e sopra a ferida da existência, a fim de fazer da falta que dói, a falta constitutiva do sujeito”
(Quinet)
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
sábado, 14 de novembro de 2009
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
"O tempo nos pertence – mas de maneira geral, não somos capazes de simplesmente estar nele. Assim “nós o matamos, o dissipamos, o desperdiçamos ”. Ao descartá-lo como um “tempo que passa”, ao nos fechar para o “fluxo da duração”, acabamos por nos instalar, não no tempo do tédio, mas no da estagnação. O tempo estagnado, “fechado para o fluxo da duração”, é o tempo do presente absoluto – tempo do esquecimento, portanto. “...com o passado essencial caindo em esquecimento, fecha-se o horizonte possível para toda anterioridade. O agora só pode permanecer agora .” Ora: o bloqueio do passado compromete também a fantasia do futuro." (Kehl, M. R.)
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
sentado ao meu lado
quieto, silencioso, parado...
Você é meu traço,
meu rabisco, meu rascunho.
Uma fita, um laço.
Seu colo meu descanço,
seu ombro, meu cansaço.
No seu colo eu me desfaço,
e me recomponho
atrás de seus passos.
Com você eu sou completa,
habitada e deserta.
Sem você eu sou vazia
desacompanhada e sozinha.
E hoje assim estou.
Você se foi, me deixou
Não sei se por penitência ou pecado
Só sei que ontem eu estava inteira
com você ao meu lado."
domingo, 8 de novembro de 2009
SAUDADES
Não Entendo!
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Paixão e Amor
(OUTEIRAL)
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
AMOR?
*(Dolmancé, personagem de Sade em A Filosofia na Alcova)
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
(MARIA RITA KEHL)
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
"O ciclo inexorável da vida, o nascimento e a morte colocam para cada sujeito uma espécie de confronto consigo mesmo: o que se é e o que se foi, as marcas e as limitações que o tempo grava, o luto de si mesmo. A imagem cativante, forma de investimento narcísico de cada um, sofre o mesmo destino de todas as coisas."
(ROCHELLE GABBAY)
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
(Maria Rita Kehl)
Individuação
(Dolto, 1998)
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Desejo que
(Françoise Dolto; Solidão, 1998)
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
A cura da Psicanálise
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Sofrimento e dor
(Nasio, 2008)
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Compreender tudo não é perdoar tudo
(Freud)
terça-feira, 29 de setembro de 2009
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
terça-feira, 22 de setembro de 2009
[...] É necessário considerar a subjetividade presente no sintoma: a história e singularidade de cada um. O sofrimento psíquico não se restringe às questões genéticas e neuroquímicas. A dor psíquica não se reduz a uma pane ou falha no sistema neuroquímico cerebral, que psicofármacos ajustariam e equilibrariam. Ela surge entre desejos e escolhas; satisfações e frustrações; esperanças e decepções."
Galvão, Manuel Dias
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Pulsão
Insatisfação
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Amizade
"[...]Contudo, o amigo pretende se criar e transformar a si próprio. A amizade precisa suportar diferenças extremas, o inusitado que se apresenta como adversidade; e não espera que só venham formas de um único amor para unir os amigos. As amizades são feitas de um material mais duro, de diferenças e de dissenções."
Chaim Samuel Katz
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
terça-feira, 1 de setembro de 2009
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
"Freudianamente falando, a subjetividade é um canteiro de ilusões. Amamos: a vida, os outros, e sobretudo a nós mesmos. Estamos condenados a amar, pois com esta multiplicidade de laços libidinais tecemos uma rede de sentido para a existência. As diversas modalidades de ilusões amorosas, edipianas ou não, são responsáveis pela confiança imaginária que depositamos no destino, na importância que temos para os outros, no significado de nossos atos corriqueiros. Não precisamos pensar nisso o tempo todo; é preciso estar inconsciente de uma ilusão para que ela nos sustente."
(Maria Rita Kehl)
terça-feira, 25 de agosto de 2009
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Repetição
Parar e pensar a repetição, o que fazer com isto, o porquê disto. Saber que a culpa da repetição, do nunca dar certo não está nos outros, mas no próprio indivíduo.
É o que pode possibilitar a novas saídas, novos caminhos para seguir a vida, ou continuar na repetição por opção.
Andressa Furquim de Souza
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Tédio
"Sentir-se entediado é um estado normal e entediar o outro é um sintoma de doença psiquiátrica." (Outeiral)
"... se uma pessoa vem falar com você e, ao ouvi-la, você sente que ela o está entediando, então ela está doente e precisa de tratamento psiquiátrico. Mas se ela mantém seu interesse independentemente da gravidade do seu conflito ou sofrimento, então você pode ajudá-la."( Donald Winnicott)
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
(Lacan)
"Mais além da miséria neurótica, mais além da infelicidade banal, mais além da tristeza, da covardia moral, para aqueles que se tenham decidido, quem sabe, se, não um desejo inédito, pelo menos novos efeitos de desejo."
(Angela Maria de Araujo Porto Furtado)
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Reconhecimento
David Zimerman
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
ÓDIO E VIOLÊNCIA
necessidade de intrusão de um objeto externo. É por esta experiência de desprazer e
desconforto (que Freud assimila ao ódio) que se produz o processo de subjetivação. A
origem do sujeito está, portanto, ligada ao processo de diferenciação entre o interno e o externo, através da rejeição e ao mesmo tempo da necessidade, das excitações vindas
de fora e que provocam tensões internas ocasionando mal estar. Portanto, para o
nascimento da vida interior o desprazer é necessário. Este desprazer que irrita, visto por Freud como ódio, pode tornar-se agressividade ou propriamente raiva quando se liga às pulsões sexuais e se volta ativamente contra o objeto ao qual o eu se sente
amorosamente ligado. Já o ódio como destrutividade tem a ver com a introdução da
pulsão de morte, que age por rupturas, e que irá impossibilitar as ligações próprias a
Eros."
Carmen Da Poian
sábado, 1 de agosto de 2009
SONHO
Enquanto dormimos não sabemos que estamos sonhando. Vivemos uma realidade onírica tão verdadeira naquele momento quanto a vida diurna. Durante o sonho parece que fazemos parte de uma lógica que quando confrontada com a realidade não faz sentido algum."
Liliana Barros Tavares
sexta-feira, 31 de julho de 2009
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Alternância
Andressa F. de Souza
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Roland Chemama
sexta-feira, 24 de julho de 2009
ESCUTA
Diria então que, do lugar do analista, se escuta tudo, para poder escutar alguma coisa. Coisa essa que é o inconsciente, que no seio da repetição insiste para ser escutado, que na trama dos movimentos imaginários se disfarça, se fantasia e, no entanto, vai tecendo o fantasma. [...]"
(Silvia Leonor Alonso)
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Castração
Felicidade
quinta-feira, 16 de julho de 2009
quarta-feira, 15 de julho de 2009
A psicanálise é em essência uma cura pelo amor
“Por uma lógica singular, o sujeito apaixonado percebe o outro como um Tudo (a exemplo de Paris outonal), e , ao mesmo tempo, esse Tudo parece comportar um resto que não pode ser dito. E o outro tudo que produz nele uma visão estética: ele gaba a sua perfeição, se vangloria de tê-lo escolhido perfeito; imagina que o outro quer ser amado como ele próprio gostaria de sê-lo, mas não por essa ou aquela de suas qualidades, mas por tudo, e esse tudo lhe é atribuído sob a forma de uma palavra vazia, porque Tudo não poderia se inventariado sem ser diminuído: Adorável! não abriga nenhuma qualidade, a não ser o tudo do afeto. Entretanto, ao mesmo tempo que adorável diz tudo, diz também o que falta ao tudo; quer designar esse lugar do outro onde meu desejo vem especialmente se fixar, mas esse lugar não é designável; nunca saberei nada; sobre ele minha linguagem vai sempre tatear e gaguejar para tentar dizê-lo, mas nunca poderá produzir nada além de uma palavra vazia, que é como o grau zero de todos os lugares onde se forma o desejo muito especial que tenho desse outro aí (e não de um outro).”
Freud afirma que ‘a psicanálise é em essência uma cura pelo amor’!
Mas, que espécie de amor/aproximação é esta? (na análise)
Diríamos que a isto que Freud dá o nome de amor poderia ser pensado como todas as nossas condutas que, conscientemente ou não, sintetizam a nossa ética, que num resumo um tanto grosseiro, significam: saber que o sofrimento é algo inerente à condição humana, que não podemos viver no lugar do outro algo que lhe é próprio, que não podemos apartar o sofrimento de quem quer que seja , no máximo, acompanhá-lo.
terça-feira, 14 de julho de 2009
Verdade e Saber
Fragmento da entrevista de Roland Chemama sobre Sintomas Contemporâneos.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
domingo, 12 de julho de 2009
Cinismo
(Maria Rita Kehl)
sábado, 11 de julho de 2009
Corpo, Imagem, Desejo
Não nos deixemos enganar: o que parece uma afirmação triunfante do direito a desejar na verdade é um recuo ante o desejo. É claro que toda sedução, a serviço do desejo sexual, comporta um artifício. Os adornos corporais, os olhares e frases insinuantes, a sensualidade sugerida em gestos e posturas – todos os recursos mobilizados pela sedução visam a produzir, no outro, a esperança de que o sedutor detenha o objeto do desejo que o seduzido desconhece, já que o desejo é, por definição, inconsciente. “Eu sei o que você deseja/ eu tenho o que você deseja”, promete o sedutor com seu jogo de esconder e desvelar. O desejo, por desconhecer seu objeto, é facilmente mobilizado pelo artifício que vela, no corpo, o que de fato não está lá. Nem lá, nem em lugar nenhum."
Maria Rita Kehl,Ciências do desejo: Considerações sobre um saber que não se sabe. Texto disponível em: www.mariaritakehl.psc.br/
sexta-feira, 10 de julho de 2009
SOLIDÃO
"O sentimento de solidão é patológico. A solidão pode ser eugênica: não patológica, poder ser revivicante. O sentimento de solidão é uma provação, e dessa provação pode-se sair negativamente ou positivamente no que diz respeito ao desenvolvimento humanizante do sujeio. Só a solidão permite ultrapassar o estágio do sentimento de solidão. Solidão sentida como fato, reconhecida como valor. O sentimento de solidão não é patológico, mas patogênico. Porque remete à frustração, a famelicidade pela presença do outro, toca às necessidades frustradas, e não somente aos desejos superexcitados. (Dolto, F.; 1998)."
quinta-feira, 9 de julho de 2009
SENTIMENTO DE SOLIDÃO E SOLIDÃO
QUE A SOLIDÃO É UM FATO QUE PODE SER ACOMPANHADO POR UM ENRIQUECIMENTO DE
POSSIBILIDADES RELACIONAIS." (DOLTO)
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Frases ...
* O inconsciente é um dizer que está pra além da fala.
* O analista é o capitão de uma nau em um mar revolto.
* Estilo, em psicanálise, é o que cada um conseguiu fazer com a sua falta, com a sua castração. Como cada um lida com a falta.
* Não se faz analise para se descobrir como é. Quem faz análise descobre o que não é.
* A análise deve levar a pessoa a ouvir o seu silêncio.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Minha vida diária, um romance - I
terça-feira, 30 de junho de 2009
sexta-feira, 26 de junho de 2009
quarta-feira, 24 de junho de 2009
terça-feira, 23 de junho de 2009
Jovens de hoje
os jovens não ocupam o espaço que lhes é oferecido justamente porque ainda conservam um grão de rebeldia. Recusam o espaço criado para eles e vão inventar seus próprios espaços, em recantos secretos da cidade. "
Maria Rita Kehl
quarta-feira, 17 de junho de 2009
DOR, AMOR
terça-feira, 16 de junho de 2009
Saudades
falta de alguém que não está presente,
que deixou marcas na alma
e lembranças gostosas.
Andressa Furquim
sábado, 6 de junho de 2009
quinta-feira, 4 de junho de 2009
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Amor infantil
" As crianças amam em primeiro lugar a si próprias, e apenas mais tarde é que aprendem a amar os outros e a sacrificar algo de seu eu aos outros. As próprias pessoas a quem uma criança parece amar desde o início, no começo são amadas pela criança porque esta necessita delas e não pode dispensá-las - por motivos egoístas, mais uma vez. Somente mais tarde o impulso de amar se torna independente do egoísmo. É literalmente verdadeiro que seu egoísmo ensinou a amar".
segunda-feira, 1 de junho de 2009
domingo, 31 de maio de 2009
Fase oral
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Brasileiro
privados que cada um pode tirar da tão falada tolerância ética nacional. O acréscimo ao gozo está em que ninguém se sinta particularmente responsável pelas conseqüências."
Maria Rita Kehl
quarta-feira, 27 de maio de 2009
PAIXÃO
sábado, 23 de maio de 2009
Depressão, Felicidade
difusos, fobias, qualquer sofrimento pede abrigo ao termo. O que há em comum
a todas as histórias, é a recorrência de um discurso de que nada, nem ninguém, será
capaz de produzir a felicidade. Chegamos, assim, à definição desta tristeza moderna:
trata-se da dificuldade de lidar com a falta de felicidade. Acorremos, então, com todo
tipo de soluções, drogas, placebos e sedação à dor. Queremos, acima de tudo, não
enfrentar a inevitável condição de existir.
Se reclamamos tanto da falta da felicidade é porque acreditamos que não basta
existir se não houver algo que justifique, marque, recompense, motive uma vida. A
empreitada coletiva da humanidade já não é um propósito de fácil apreensão. Sem
ilusões coletivas, resta o que cada um pode arrancar de sua passagem pela terra e a
palavra que sintetiza esta expectativa é: felicidade.
O papel da psicanálise sempre foi o de escutar o que se impõe sintomaticamente
em uma época. Foi assim que deu voz às mulheres no século passado. Agora, a tarefa é
escutar a tristeza, a melancolia e a depressão, em suas aproximações e diferenças, para
que isso faça efeitos naquele que fala e naquele que escuta. A clínica dessas patologias
nos leva a pensar sobre o suicídio, a dor, a culpa, o infantil, as toxicomanias, uma
direção da cura através da sublimação e outros pontos relacionados com essa problem
ática, a qual, acreditamos, tem tanto a dizer."
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Estranhos desejos ...
boa e feliz a quando alguém adquire o que lhe é necessário, em especial, se pertencer à trinca das necessidades humanas fundamentais: saúde, educação e moradia.
Essa fórmula do politicamente correto funciona ao nível da necessidade, mas nem sempre ao nível do desejo.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Construção em análise
de substituição metafórica e deslizamento metonímico, conjugado ao
gozo imaginário da compreensão e do auto-conhecimento. Essa prática tende a
alienar perigosamente o sujeito do objeto real que o causa, e provoca interpretações
que tendem ao pior, pois não implicam o sujeito no seu sofrimento.
Mais uma vez, compete ao analista dirigir a busca do efeito de sentido,
para que o analisante construa em palavras o fantasma que o faz abjeto. Sem
o que as análises se dirigem a um pântano, onde nenhum terreno é conquistado
aos mares pulsionais, isto é, onde não se verifica a construção de dique de
proteção aos açoites do real.[...]" (Elaine Starosta Foguel)
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Dúvida e angútia
quinta-feira, 14 de maio de 2009
sábado, 9 de maio de 2009
Amar se aprende sendo amado
Sem as histórias de amor, a modernidade não teria acontecido.
O sujeito moderno precisa de ficções, ele tem a tarefa de se reinventar. O amor é o tema que anima, que produz desde o primeirissimo começo, pruduz o repertório das ficções que são o nosso modo de uso para viver.
Contardo Calligaris
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Sociedade de consumo
A sociedade de consumo se caracteriza por ser organizada predominantemente pelas relações de consumo e valores associados, condicionando a produção de bens e serviços. O consumidor, elevado ao status de cidadão de direito, através da recente elaboração dos direitos do consumidor, tem como ideal de vida preponderante sua potência de consumo. O sucesso social e a felicidade pessoal são identificados pelo nível de consumo que o indivíduo tem. O somos o que temos é elevado à condição de ideal social: o hedonismo materialista, a qualquer preço, triunfa. Se não temos, não somos. O potencial de consumo determina o grau de inclusão ou de exclusão social, de sucesso ou de insucesso, de felicidade ou de infelicidade.[...]"
Jaime Albreto Betts
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Masculino e Feminino
definem um em relação ao outro, é necessário observar que essa relação não
é de complementaridade. Ou seja, um não completa ao outro. Definem-se um
em relação ao outro de forma moebiana, ou seja, entre eles se escreve uma
falta. Masculino e feminino são suplementares, pois entre eles sempre falta algo."
sábado, 2 de maio de 2009
quarta-feira, 29 de abril de 2009
quinta-feira, 23 de abril de 2009
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Metafísica do Amor
Para a neutralização mútua de duas individualidades que está em pauta exige-se que o grau determinado de masculinidade do homem corresponda exatamente ao grau determinado de feminilidade da mulher. Assim, o homem mais masculino procurará a mulher mais feminina e vice versa, e justamente desse modo cada indivíduo procurará quem lhe corresponda no grau de sexualidade. Como se dá a proporção exigida entre dois indivíduos, isso é algo sentido instintivamente por eles.
sábado, 18 de abril de 2009
O olhar ...
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Psicanalista
quinta-feira, 16 de abril de 2009
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Angústia
"A angústia tem sido apontada como responsável por um sem número de “males” físicos e psíquicos que acometem o homem moderno. Também tem sido considerada tributária do estilo de vida contemporâneo, notadamente caracterizado pela contração temporal, perda da referência à tradição, queda das ideologias e relativização da verdade.
Teorias não excludentes – importante frisar – e que permitem conceber a angústia como constitutiva do sujeito. Enquanto falante, ele surge dividido entre o ser e o Outro da linguagem, sob a forma de significante. O que resta como irrepresentável dessa operação de corte – nomeado por Lacan de objeto a – é o que doravante mediará a dialética do sujeito com o Outro como causa de desejo, inscrevendo-se como perdido no fantasma originário. Daí a emergência da angústia estar condicionada ao reencontro do objeto irremediavelmente perdido.
Bem, a vida é prenhe de objetos perdidos; eles estão por toda parte. Prova disso são as chamadas crises evolutivas – ou, como preferimos, momentos de passagem: adolescência, maternidade, vestibular, separações. Não há quem os atravesse sem boa dose de angústia. Ocasiões em que o sujeito não mais se reconhece no traço significante do desejo do Outro, que até então o representava. Contextos em que a demanda endereçada ao sujeito o interpela, a mostrar que ele é quando ainda não tem condições de sê-lo. Ter de fazer a aparência, como o faz um ator em cena, pode ser algo extremamente angustiante quando se trata da vida real. Sem um roteiro que o oriente, o sujeito desconhece a persona que o Outro vê nele. E se o Outro fosse uma louva-a-deus gigante, como brinca Lacan? Sabemos o que ela faz com seu parceiro no final do encontro.
A angústia é um alerta de que, se não controlarmos por completo o que o Outro vê em nós, arriscamos a perder a cabeça. Tarefa impossível, diga-se de passagem, pois mesmo a mais extensa cadeia significante nunca será suficiente para cobrir o discurso do Outro."
Trechos da Revista Angústia - APPOA. Edição 33
domingo, 12 de abril de 2009
O tempo e as palavras ...
sábado, 11 de abril de 2009
É o sofrimento nascido das separações primeiras - nascimento, desmame, ... - que constitui a individuação progressivamente adquirida do corpo da criança que, em seus limites táteis, se descobre criatura única e separada.
Livro: Solidão, Françoise Dolto - 1998.
sexta-feira, 10 de abril de 2009
DE REPENTE, UM TAPA ... Apaixonados, desconfiem de si mesmos.
Michelangelo, ao enfrentar a mudez de seu Moisés: - “Fala! Por que você, estátua tão perfeita, não fala?”.
Que solidão do incompreensível sofrem os que se amam!
Temos que aprender a desconfiar de nós mesmos, o que seria muito melhor que essa febre perniciosa de auto-ajuda e de reforço de auto-estima. Desconfiemos, saibamos que em todos nós habita um Michelangelo, conforme o talento, mas de semelhante princípio: todos, sim, todos podemos agredir quem gostamos muito, por querer que o amor não deixe brecha, nem mal-entendido.
Melhor que desculpas, a responsabilidade. Melhor dizer às Sofias, errei, errei em ficar muito confiante de meu amor por você, que isso só te protegeria. Errei por não ter desconfiado de mim mesmo, de quanto me é difícil saber que o meu amor não é meu, que me ultrapassa, errei por me esquecer da angústia de Michelangelo, ao ver Moisés; um por do sol, uma cachoeira, um beijo: - Por que não falam?
Amar muito alguém não é garantia de segurança do amado.Todos nós conhecemos o que é um sentimento incontrolável, mas o descontrole nunca pode durar mais que o tempo de um tapa.
( Adaptações do artigo publicado na revista WELCOME Congonhas, julho de 2008 - ano 2 - número 16. FORBES, Jorge)
quinta-feira, 9 de abril de 2009
A MULHER E O FEMININO - II
"A feminilidade é uma construção imaginária que produz praticamente um estilo – reconhecido como próprio das mulheres – e que já foi muito mais fechado do que agoraA mulher é mais adequada à posição feminina? Sim, mas só em um pequeno ponto. [...] Ela é adequada no sentido de poder ocupar melhor essa posição sem tanto conflito para ela mesma, e brinquei chamando isso de a “mínima diferença”. Pensamos na diferença dos sexos, cada sociedade a constrói de um jeito e a psicanálise fica tentando manter um discurso que naturalize essa diferença, como se a castração estivesse no corpo da mulher etc. "(MARIA RITA KEHL)
quarta-feira, 8 de abril de 2009
A MULHER
O QUE QUER UMA MULHER? - pergunta clássica que Freud se fazia.
No livro o que que uma mulher? O psicanalista Serge André continua com essa dúvida, como comenta Ciscato, 'é impossível desmascarara mulher porque nada nela pode er atingido além da máscara, para além dos artifícios, uma vez que para além da máscara há esse elemento eterno e impossível de ser significado.'
no final de sua obra Freud expõe que "Se desejaram saber mais a respeito da feminilidade, indageum a própria experiência de vida dos senhores, ou consultem os poetas [...]."
HOMENS E MULHERES ...
terça-feira, 7 de abril de 2009
"sentem palpitar no seio um coração que pela força e pela altives de seus movimetos, é superior a tudo o que as cerca[...].''
"Uma felicidade das mulheres é que as provas desta coragem permaneçam sempre secretas e sejam quase impossíveis de se divulgar. Uma infelicidade ainda maior é que ela seja empregada contra sua felicidade."
Livro: Deslocamentos do feminino - Maria Rita Kehl